Caiu da cama, pluft!
Saiu do sonho que tanto o entretinha...
Jogou longe o despertador, tic... plac!
A preguiça que ele ama, outra vez o detinha...
Saiu de sua fortaleza e no banho se jogou, shuá...
Só então abriu os olhos, nhec!
Tirou as remelas que insistiam em mantê-los fechados.
E tudo isso com um sorriso forçado!
Afinal, deveria se sentir feliz por ser um empregado...
Saiu de casa enquanto o galo cantava, có!
Proporcionou aos seus pulmões o ar puro da capital...
Seguiu o trânsito, fôm! bum! plaft! plum!
Buzinou também, biiiii!
Queria fazer parte de todo aquele barulhento recital...
Chegou na corporação.
E como todos os dias, bateu o cartão, trrriiim!
Mais uma vez usou dos sorrisos enferrujados, nhec!
Mas o silêncio era exigido dos empregados, shhhh!
Abre, fecha, bate, digita, se irrita...
Telefone toca, piririm! (rs)
Trabalha, se mata, se liberta, Grita!
Gritou? Ah...
Obviamente se ferrou... vixi..
Perdeu o emprego. Ops!
Ouço os soluços do choro, hugh!
Voltemos no tempo então, tac tic!
Não gritou...
Apenas suspirou.. hunf..
Abre, fecha, bate, digita, se irrita...
Mais um fim de expediente.
Bate o cartão,
Trrriiiim novamente...
E assim, mais um dia acabou, ufa!...
Logo então em voz alta ele pensou:
- Sentir alívio pelo fim de mais um dia da minha vida? tsc tsc...
Melhor não pensar nisso. Afinal, não há saída...
Porém, já em sua cama, mais uma vez se questionou...
- O quê afinal tudo isso me proporcionou?
Grrrrrr......
Vc cada vez mais inspirada... li o poema e me trasnportei com o personagem e seus sons, barulhos, um cidadão com o dever cumprido?
ResponderExcluirBj*
Ops, arf, ai, uh... puf! Cabou.
ResponderExcluirhei! parece eu.
ResponderExcluirÉ por isso que eu sempre digo é preciso ter
FÉ...............................................................................................................................rias!!!
Muito bom Marcelly,
ResponderExcluirA vida é isso mesmo... Quando paramos para pensar e equacionar, passamos mais tempo com essa rotina perseguidora do que fazendo o que realmente se quer.. ô vida!!!
Tirando o aspecto existencial (rs), a mim sobrou um poema lúdico e divertido!
ResponderExcluirAbraços!
Hoje passo apenas para desejar um ótimo fim de semana. Saudações, Jacson. (Adorei o texto - sagazzzzzzzzzzzzzzzz)
ResponderExcluirQue galo tao poupadinho :)
ResponderExcluirAssim somos quase todos, isso é mal.
ResponderExcluirIncrível que tenho pensado tanto em revolucionar de vez e leio essa pérola .
Tudo de bom!!!
Registro leitura deste poste e para dizer que sigo seu espaço, agora publicamente.
ResponderExcluirE não só, para também dizer que adorei esta postagem.
"Sentir alívio pelo fim de mais um dia da minha vida? tsc tsc...
Melhor não pensar nisso. Afinal, não há saída...".
Não quero que seja guia, mas me diga: qual a saida senão a morte? O poder revolucionário é hoje cortado na fonte... só sobrevivem que se adapta ao único caminho permitido, isto mesmo, já que vivemos em uma ditadura, e tal manobra exige sua alma - quem não vende a alma hoje, né?
Arantes diria que estamos diante de um militante, revolucionário imaginário. No maximo, temos nós, os fugilistas de ideias (mediocres), embora capazes de compor maravilhas?
Adorei!
Ah, ir esquecendo, preciamos de bons economistas. Ah que saudade de Celso Furtado.
ResponderExcluirEscrita intensa, dotada de uma simplicidade invulgar.
ResponderExcluirGostei muito do aqui li!
E eu estou farta de pessoas assim, devo confessar que até eu fui um dia dessa gente rotineira, que tem tudo planejado para todos os dias, mas hoje quero estar liberta, inclusive de mim.
ResponderExcluirAdorei o espaço e a pessoa dele me encanta.
Beijo de luz e paz.
Bom que voltastes...quero lê vc aqui,breve, breve! Bjs*
ResponderExcluir14/8: to esperoando novas palavras!!! rs
ResponderExcluirAbraços, minha amiga.
Guria... Onde andas? Abraço, Jacson.
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