segunda-feira, 8 de junho de 2009

Foi uma cena deprimente.

Espero não ver nada parecido tão cedo...
Ia eu andando pela rua, sentido minha faculdade como de costume (nem tão costume assim, sou um tanto quanto ausente) fiz o mesmo caminho. E todos os dias então, eu passava por baixo de um viaduto. Um viaduto mal-cheiroso, com habitantes e cachorros (que também são habitantes, claro).
Nunca havia parado pra pensar naquilo tudo. Só pensava no cheiro que, a cada dia, cheirava de uma forma diferente e me incomodava. Cheirava mijo, cheirava fezes e um cheiro particular de mendigo (que eu não sei definir. Talvez uma mistura dos outros cheiros... enfim, tenho certeza que com a definição que dei, fica mais fácil de entender).
Pois então, eu nunca havia parado pra pensar naquilo. Afinal, eu estava sempre muito preocupada com a próxima música que ia tocar no meu mp3, e hoje não seria diferente.
Mas foi.
Eis o que vi. Um homem sendo carregado por outros dois. De certo que eram mendigos.
O homem carregado estava com as calças arreadas. Todo sujo de fezes. Sendo carregado. Sujo de fezes com as calças abaixadas!. Mal se aguentava em pé. Claro. Afinal, não era à toa que estava sendo carregado.

De repente, meus pensamentos tomaram outro rumo, assim como os seus devem ter tomado...
Pensei em amizades, necessidades, morte, vida, prioridades, falta de prioridades, destino, dinheiro, falta de dinheiro, coincidências, escolhas, falta de escolhas... e tudo isso numa fração de segundos.

Depois, vibrei com a música que começou a tocar e passei pelo viaduto seguindo meu rumo, como de costume. (Nem tão costume assim...)...

...


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